sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A gramática não é condição para escrever bem. Saiba algumas razões:

     
 A primeira gramática grega só surgiu no século II antes de Cristo, com Dionísio da Trácia. A língua grega viveu, portanto, vários séculos sem uma gramática explícita, mesmo no período áureo de sua literatura e de sua filosofia.


 O contato constante com modelos linguísticos diferentes, como a televisão, a internet e a língua escrita, entre outros, leva o aluno a se libertar de seu acanhado linguajar e a se familiarizar com novos padrões linguísticos.

  
 Todo falante possui uma gramática internalizada, que ele domina e utiliza, sem necessidade de conhecimento de teoria gramatical. A explicitação dessa gramática é tarefa dos linguistas.
 

 Todo aluno que ingressa no curso fundamental fala português, ou seja, entende a língua materna e se expressa por meio dela, de maneira intuitiva; a tarefa da escola consiste, basicamente, em adaptar esse português de casa à língua culta.
 

 A gramática tradicional, que é ensinada na escola, ficou estagnada no tempo (talvez no mundo grego) e não acompanhou o progresso científico. Por isso mesmo é considerada pelos linguistas como retrógrada, contraditória e ultrapassada.


 O cidadão comum, com raras exceções, não se interessa pelo estudo de teorias linguísticas (como a que está nas gramáticas, por exemplo); interessa a ele, pura e simplesmente, saber usar a língua adequadamente, de acordo com o que as circunstâncias exigem.


 O estudo da gramática não contribui para um conhecimento efetivo da língua. Pelo contrário, a sua presença nos bancos escolares é profundamente perturbadora para o seu aprendizado, devido ao caráter criptográfico de sua teoria, que acaba infligindo medo e repulsa nos alunos.


 Que prazer ou interesse (ou utilidade) há em estabelecer a distinção entre uma oração subordinada substantiva completiva nominal e uma oração subordinada substantiva objetiva indireta?


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