Fiquei devendo algumas
considerações a respeito do ensino da expressão oral no ensino de português.
É evidente que o professor deve
se preocupar com essa questão. Afinal, a expressão oral adequada vai ser
importante para a vida e para a inserção do indivíduo no mercado de trabalho.
Muitas vezes essa inserção começa com uma entrevista oral, em que o candidato
já deve mostrar um tipo de linguagem adequada àquela situação. Uma vez inserido
no mercado de trabalho, a habilidade em usar a linguagem com um fim específico
pode ser fundamental para o sucesso do cidadão em sua atividade profissional.
Veja-se, por exemplo, o caso de um advogado, de um jornalista, de um professor,
de um político, etc., que utilizam constantemente a expressão oral como
ferramenta de trabalho. Nunca é demais repetir que as pessoas que se expressam
bem têm mais chance de progredir em sua atividade profissional.
Cabe ao professor de português
uma parcela importante no desenvolvimento da expressão oral do aluno. É ali, na
sala de aula, que, muitas vezes, começa a vocação do aluno para dirigir uma
simples reunião, falar em público, liderar um movimento social ou enfrentar
grandes plateias.
O professor deve sempre
franquear a palavra ao aluno. Mas isso deve ser feito de maneira organizada,
institucionalizada, durante a interpretação de textos, por exemplo. Em sala de
aula, o aluno está se expondo perante o professor e os colegas, em um momento
em que todos estão em silêncio, observando suas feições, seus gestos e,
principalmente, suas palavras. É um momento de extrema importância para a
educação integral do aluno e para o desenvolvimento de sua habilidade em falar
para uma plateia. Mas há outros momentos em que a língua falada deve ser
monitorada na escola: nas reuniões dos grêmios literários e artísticos, nas
apresentações no auditório da escola, nas datas festivas, etc.
Não existem exercícios
específicos para o desenvolvimento das habilidades orais do aluno. Isso se faz
no decorrer dos doze anos em que o aluno frequenta o ciclo básico. É preciso
lembrar também que o exemplo dos professores (não só de português) é muito
importante.
Desenvolvimento da expressão
oral é isso. Não é ficar estudando ou repassando aos alunos textos em língua
falada, algo que eles já conhecem muito bem e praticam à exaustão no dia a dia.
Não é objetivo da escola fundamental estudar a língua falada. Qual seria o
objetivo desse estudo? Isso é algo que deve ser estudo nos cursos de Letras,
com finalidades científicas. Mas isso é outra história.
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